A aplicação de pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 no país será investigada, afirmam o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros, o que compromete sua proteção contra a Covid-19. Os dados constam de registros oficiais do Ministério da Saúde e foram tabulados pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com as entidades, não está descartado um erro do sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que desde o início da campanha de vacinação apresenta instabilidade no registro de dados.
“O número de casos identificados corresponde a 0,0026% de todas as doses aplicadas no país, sendo necessária ponderação e investigação quanto à aplicação das doses e preenchimento das informações”, dizem os conselhos em nota.
A Folha de S.Paulo cruzou os dados do Sage (Sala de Apoio à Gestão Estratégica), que registra os comprovantes de entrega dos imunizantes por estado, e do DataSUS (sistema de informações do Ministério da Saúde), que identifica todas as pessoas imunizadas com um código individual, acompanhado de informações sobre idade, grupo prioritário de vacinação, data da imunização e lote da vacina recebida.
Foram consideradas todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho. O levantamento mostra que, até essa data, um total de 25.935 doses de oito lotes de AstraZeneca foram aplicadas fora da validade. Metade desses lotes veio do Instituto Serum da Índia; a outra metade, da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).
O Conass e o Conasems afirmam, ainda, que os profissionais que aplicam imunizantes contra o coronavírus checam o prazo de validade da dose utilizada.
Da Redação: NCN= Nossa Conexão News com BNews