A barragem do Rio Ribeirão das Antas e do Ribeirão Água do Caixão, no município de Bandeirantes, no norte do Paraná, transbordou e a água invadiu centanas de casas, deixando famílias desabrigadas e ilhadas. A região registrou um alto volume de chuvas nas últimas semanas.
Segundo o prefeito Jaelson Ramalho Matta, as barragem estão íntegras. O transbordamento foi provocado por duas trombas d’água que geraram enchentes que impactaram 12 bairros urbanos e 14 rurais. Portais de notícia da região relatam que as primeiras casas foram afetadas por volta de 6h30 da manhã.
Ao todo, são 250 famílias desabrigadas na região urbana e diversas famílias ilhadas na área rural. A enchente afetou algumas pontes da cidade, dificultando o acesso às regiões rurais. Segundo a prefeitura, não há feridos nem desaparecidos. O balanço de perdas materiais ainda não foi realizado.
A prefeitura decretou Situação de Calamidade Pública na cidade. No decreto, afirma-se que “ocorreu precipitação de aproximadamente 150mm de chuva concentrados num curto período de tempo, que teve como consequência transposição de barragem, ocasionado dezenas de casas em situação de emergência, dada a enchente ocasionada, aumentando a demanda e necessidade de resposta imediata da administração pública”.
“Já existem postos de auxílio da Defesa Civil nas Escolas da Vila Bela Vista e do antigo SESI, onde o pessoal especializado presta atendimentos e recebe material para atendimento às vítimas, como roupas, gêneros alimentícios, lonas, etc”, informou a prefeitura de Bandeirantes, por meio de nota.
As aulas nesta segunda-feira foram suspensas na cidade. Postos de saúde estão abertos para atender a populão. Escolas estão funcionando como ponto de abrigo e alimentação. A prefeitura distribuiu marmitas nos locais afetados pelo alagamento. De acordo com o prefeito, o município já pediu ajuda a vários órgãos do estado do Paraná, assim como ao Exército.
No litoral norte de São Paulo, de acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram de sábado para domingo de carnaval resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no país. Antes, o recorde histórico tinha sido computado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, quando a cidade foi castigada com uma chuva de 530 milímetros em 24 horas, na tragédia que vitimou 241 pessoas no ano passado. No litoral paulista, também foi registrado durante o fim de semana um acumulado de 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba e 234 mm em Caraguatatuba. Um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado.