Com o objetivo de colocar no centro dos debates questões como a crise sanitária, humanitária e política e de ataques à vida, aos direitos fundamentais e ao Sistema Único de Saúde (SUS) vivenciado no país, foi realizado nos dias 29 e 30 de março a 8ª Conferência Municipal da Saúde, voltada a profissionais da categoria, membros de associações, representantes da esfera pública, estudantes, professores e usuários.
Trazendo o tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”, o evento trouxe a oportunidade de discutir o SUS, a promoção da saúde e a garantia de direitos. “Esse é um momento muito importante. Aqui tivemos elaboração de propostas, de votação dessas propostas, de eleição de delegados que sairão dessa conferência para a etapa estadual. É um dia de construção coletiva a várias mãos. Estaremos elaborando os caminhos que Alagoinhas seguirá, além das propostas para que estejam contidas no planejamento da gestão e saúde. Através disso, vamos caminhar para melhorar, ainda mais, os serviços de saúde”, explicou a secretária de Saúde de Alagoinhas, Laína Passos.
Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ênio Estevão de Santana, a presença e o empenho de todos os envolvidos foi extremamente importante. “É extremamente importante esse evento justamente porque porque vamos participar enquanto comunidade da implementação das políticas públicas de saúde. Esse é o momento para ouvir, debater, discutir, construir, não apenas o Plano Municipal de Saúde, mas também propostas que irão para o âmbito estadual e nacional”, afirmou.
Um dos palestrantes do evento, o doutor em Saúde Pública, presidente da World FederationofPublic Health Associations, diretor do Instituto de Saúde Coletiva (UFBA), Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza, trouxe como foco da sua palestra magna “Saúde igual para todxs”. “Eu trouxe aqui uma situação da constatação que nós vivemos uma crise sanitária que não é somente brasileira, mundial. Essa crise não se expressa apenas na COVID-19, mas sim uma combinação de várias problema de saúde associados a contextos sociais e econômicos. Então nós precisamos ter abordagens integradas que tanto previnam doenças, promovam a condição de saúde e que tratem das pessoas que já estão sofrendo seja físico, seja mental, seja psicológico”, comentou o professor.
Nesta etapa municipal da 17ª Conferência Nacional de saúde, foram discutidos os eixos temáticos: I – O Brasil e a Bahia que temos. O Brasil e a Bahia que queremos; II – O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; III – Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia; e IV – Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.
Também estiveram presentes compondo a mesa o vice prefeito Municipal de Alagoinhas Roberto Torres, representando o prefeito Joaquim Neto; o presidente do Conselho Estadual de Saúde Marcos Sampaio; o diretor do NRS, representando a Secretaria Estadual de Saúde, Rogério Ribeiro Ramos; o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, José Cleto; o diretor da Faculdade Estácio IDOMED, Ernani Benincá Cardoso e o professor e jornalista Cláudio Pinto.