Eduardo Henrique Hamester foi um dos jogadores condenados pela participação de ato sexual com uma menina de 13 anos, em 1987. No ato, ele estava acompanhando dos também jogadores Alex Stival, o Cuca, Henrique Arlindo Etges e Fernando Castoldi, então atletas do Grêmio.
Dois anos após o caso que ocorreu no hotel Metrópole, em Berna, na Suíça, em 1987, ano em que o time gaúcho fez uma excursão pela Europa, Eduardo foi um dos condenados e recebeu uma pena de 15 meses de prisão e pagamento de oito mil doláres. Já no Brasil o jogador nunca cumpriu a pena e continuou a carreira normalmente nos gramados brasileiros.
O torcedor do Bahia pode não associar o nome Eduardo Henrique Hamester ao goleiro que quase foi campeão brasileiro em 1990. Até mesmo porque, dentro do futebol, Eduardo sempre foi conhecido como Chico. Naquela temporada, ele fez 24 partidas com a camisa do Bahia e quase ajudou o clube a ganhar a terceira estrela.
No Brasileirão de 1990, o Bahia chegou a semifinal da competição e foi eliminado pelo Corinthians. Com a vantagem de empatar os dois jogos, já que tinha a melhor campanha, mas viu o Timão ganhar fora de casa por 2 a 1 e ficar no empate em 0 a 0 , na Fonte Nova.
No decorrer da carreira, Chico ainda teve passagens pelo América (RJ), Ceará, Fortaleza, Remo.
Em 1987, Chico falou sobre o crime com a revista Placar, cerca de um mês após pagarem fiança e voltarem ao Brasil. Na edição de outubro daquele ano, eles aparecem sorridentes.
“Antes, eu era um gurizão, quieto mas desatento. Agora, me sinto mais sereno e até mais aberto”, afirmou Eduardo Hamester, na ocasião, aos 22 anos, querendo dizer que o ocorrido de alguma forma o ajudou a amadurecer. “Sempre ouvia dizer que as pessoas crescem com as dificuldades. Agora acho que compreendemos isso”, completou.
Foto:Zé Marte