O número de transações via Pix registrou a maior queda desde novembro de 2020, quando o sistema foi lançado pelo Banco Central. A redução foi atribuída à repercussão de uma norma da Receita Federal que gerou desinformação sobre tributação de movimentações financeiras.
Dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) apontam que, entre 4 e 10 de janeiro, foram realizadas 1,25 bilhão de transações via Pix, uma redução de 10,9% em comparação ao mesmo período do mês anterior. Este recuo supera o registrado em janeiro de 2022, quando a queda foi de 7,5%.
Apesar da diminuição, o Pix continua sendo o método de pagamento mais utilizado no Brasil, acumulando quase 6 bilhões de operações até o final de 2024, com um volume financeiro estimado em R$ 2,5 trilhões.
Receita Federal esclarece norma e desmente mudança
A Receita Federal informou que não houve alteração específica sobre o Pix. A nova norma apenas ampliou o número de instituições obrigadas a reportar movimentações financeiras de clientes, prática que já ocorre há 20 anos. Os dados incluem valores superiores a R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para jurídicas.
“Esses registros somam os valores totais movimentados na conta ao longo do mês, sem detalhar destinatários ou motivos das transferências”, esclareceu o Fisco.
A maior parte das informações reportadas à Receita é oriunda de grandes bancos, como Caixa, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, que já seguiam essas regras previamente.