O Bahia que jogou contra o CSA não foi, nem de longe, o mesmo que jogou contra o Sport. A derrota desta terça-feira, 23, no estádio Rei Pelé, por 2 a 0, foi representação fiel da maior dificuldade encontrada pelo Tricolor neste início temporada: ser consistente. O Azulão teve garra e disposição tática para pressionar a saída de bola adversária, e gerou problemas para a frágil defesa do Esquadrão. Douglas, com duas falhas bizarras, e Juninho, com uma, foram os principais destaques negativos da equipe treinada por Dado Cavalcanti.
O resultado negativo liga, novamente, o sinal de alerta para o setor defensivo. Luiz Otávio e German Conti, que já treinam na Cidade Tricolor, ainda não estrearam, e são reforços que podem ajudar no decorrer do ano.
A produção ofensiva também foi escassa. O pênalti perdido por Rodriguinho no segundo tempo foi a chance de maior perigo na partida. E nem esse chute foi em direção ao gol, como quase nenhum durante toda a partida.
Na Copa do Nordeste, o Esquadrão segue com a liderança do grupo A. São sete pontos conquistados em cinco partidas. Porém, CRB e Ceará podem tomar a ponta ainda nesta rodada. O Galo enfrenta o Vitória nesta quarta, 24, no Barradão. O Vozão vai amanhã à Paraíba para encarar o Botafogo-PB.
Já o CSA, invicto na competição, dormiu na liderança do grupo B, com 9 pontos. O Bahia volta a campo no próximo domingo, contra o Altos, também pelo Nordestão. O Azulão terá compromisso no sábado, pelo Campeonato Alagoano, contra o ASA.
Essa foi a primeira vitória do CSA sobre o Bahia em sete anos. O último triunfo foi na Copa do Nordeste de 2014, também no Rei Pelé. O Azulão aplicou uma sonora goleada por 4 a 1 no Tricolor, na ocasião. Desde então, tinham sido quatro jogos com quatro vitórias consecutivas para o Esquadrão. A última delas no Nordestão do ano passado.
Falhas sucessivas
As duas equipes entraram em campo com rotações diferentes. O CSA subiu a marcação e intensificou a pressão na saída de bola. O Bahia, com dificuldades, não encontrou soluções para sair do buraco. Resultado? Dois a zero merecido para o Azulão na etapa inicial.
Aos quatro minutos, Gabriel já assustou com chute forte de longe. Bola tirou tinta da trave. O mesmo Gabriel tentou novamente aos 23 minutos, dessa vez de esquerda. Após desvio, Douglas encaixou com segurança.
Segurança que faltou duas vezes ao goleiro tricolor posteriormente. Quando devia ter encaixado a falta cobrada por Cristovam, aos 28 minutos, soltou a bola nos pés de Dellatorre. O artilheiro do CSA só empurrou para dentro.
Patrick de Lucca teve a chance de empatar aos 30. O chute forte e rasteiro do volante passou muito perto do gol do CSA. Porém, o indício de reação seria rapidamente diluído. Aos 35 minutos, Juninho perdeu a bola na entrada da área e Pimpão lançou para Dellatorre. O centroavante encontrou Marco Túlio dentro da área, que chutou forte. Douglas falhou de novo, e a bola ultrapassou a linha antes da zaga cortar.
Sem chance de reação
A reação do Bahia poderia ter acontecido, caso o time tivesse aproveitado as chances que teve. O CSA diminuiu a alta rotação do primeiro tempo, e manteve o placar estagnado no que havia construído na etapa inicial.
Aos 10 minutos, Rodriguinho cobrou falta e Juninho cabeceou para fora. O camisa 10 poderia marcar aos 27 minutos, de pênalti. Gilberto foi derrubado por Lucão na área. Contudo, o meia colocou “açúcar demais” na cobrança e mandou no travessão.
A última chance tricolor foi a primeira finalização em direção ao gol. Rossi cruzou e Rodriguinho cabeceou no meio, para uma defesa esquisita de Thiago Rodrigues.
A reação, agora, terá de vir nos próximos jogos, com mudança de postura.
A Tarde