Uma série de atos provocados por um pequeno grupo liderado pelo Juiz da Devoção do Nosso Senhor do Bonfim provocou uma verdadeira guerra dentro da irmandade desde o início do ano de 2023. Por decisão do Reverendíssimo Cardeal D. Sérgio da Rocha, foi designada uma comissão de intervenção, liderada pelo padre Abel pároco da Catedral Basílica, que após 90 dias, estabeleceu eleições abertas e o grupo liderado pelo Juiz não compareceu para eleição, tendo sido eleitos com 72% dos votos um novo comando para a irmandade.
Ocorre que uma semana antes da arquidiocese empossar a nova gestão, eis que surge uma liminar da justiça, retornando o antigo Juiz deposto pela intervenção do Cardeal para voltar a gerir a irmandade, sendo que a seu primeiro ato restabelece o caos nas relações da Irmandade com a Igreja. O Juiz que retornou por força de liminar, convoca uma reunião extraordinária em caráter emergencial que diante do que está escrito, destruirá hábitos e costumes de uma organização centenária, estabelecendo de vez uma guerra interna na irmandade e o distanciamento do poder central da Igreja Católica na Bahia.
O Cardeal D. Sérgio, um dos 8 ministros do Papa Francisco, já esteve com o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, pedindo sensibilidade para o acordo que o Brasil tem com o Vaticano e a vigência do Direito Canônico nestas relações, alertando para o grave problema que certamente envolverá a CNBB e a Santa Sé. É esperado para breve o julgamento de um agravo, impetrado por advogado da arquidiocese, que poderá devolver a paz e a harmonia restabelecendo o comando da Irmandade à sua maioria, eleita em processo legal após a intervenção do Reverendíssimo Cardeal Primaz do Brasil.
Foto: Romildo de Jesus